segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

CONQUISTAS FAMILIARES

- FILHOS REBELDES - FAMILIAS ESPIRITUAIS -
...conforme semeardes, indubitavelmente terás a tua colheita...

Depois de movimentar todos os processos de amor e de energia no trabalho de orientação educativa dos filhos, é justo que os responsáveis pelo instituto familiar, sem descontinuidade da dedicação e do sacrifício, esperem a manifestação da Providência Divina para o esclarecimento dos filhos incorrigíveis, compreendendo que essa manifestação deve chegar através de
dores e de provas acerbas, de modo a semear-lhes, com êxito, o campo da compreensão e do sentimento.
Depois de esgotar todos os recursos a bem dos filhos e depois da prática sincera de todos os processos amorosos e enérgicos pela sua formação espiritual, sem êxito algum, é preciso que os pais estimem nesses filhos adultos, que não lhes apreenderam a palavra e a exemplificação, os irmãos indiferentes ou endurecidos de sua alma, comparsas do passado delituoso, que é necessário entregar a
Deus, de modo que sejam naturalmente trabalhados pelos processos tristes e violentos da educação do mundo.
A dor tem possibilidades desconhecidas para penetrar os espíritos, onde a linfa do amor não conseguiu brotar, não obstante o serviço inestimável do afeto paternal, humano.
Eis a razão pela qual, em certas circunstâncias da vida, faz-se mister que os pais estejam revestidos de suprema
resignação, reconhecendo no sofrimento que persegue os filhos a manifestação de uma bondade superior, cujo buril oculto, constituído por sofrimentos, remodela e aperfeiçoa com vistas ao futuro espiritual.
pg 115 - Emmanuel - 1940 - JGF
Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência de arrastou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava
o futuro que hoje se faz presente.
Em torno,
provações, encargos renascentes,
familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.
Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias,
e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.
Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.
Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros,
quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.
É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade
pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser.
Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.
Atentos ao princípio de
livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos.
O
divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.
Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e,
por vezes, saber perder para realmente vencer.Emmanuel

Há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes. Às vezes, é uma prova que o Espírito do filho escolheu, ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho, noutra existência. Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animada por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na prova que buscou. Mas, essa violação das leis da Natureza não ficará impune e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que haja triunfado.
Quando os filhos causam desgostos aos pais, não têm estes desculpa para o fato de lhes não dispensarem a ternura. Isso representa um encargo que lhes é confiado e a
missão deles consiste em se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem. Demais, esses desgostos são a conseqüência do mau feitio que os pais deixaram que seus filhos tomassem desde o berço. Colhem o que semearam.

A
Terra, de certo modo, assemelha-se a um palco imenso sobre o qual nós outros,
as criaturas de Deus, somos os atores na peça que nos cabe representar,
com o objetivo de aprender a amar e a servir.
A realidade permanece, na
Vida Espiritual, na retaguarda dos bastidores, para onde todos volvemos, um dia, para a verificação dos nossos acertos e desacertos no trabalho realizado.
Os
ensinamentos religiosos, em si, constituem o ponto,
orientando o comportamento dos atores em cena.
Nesta exposição, esboçamos uma resposta às indagações do cotidiano, na experiência física.

Por que existem pais em antagonismo com os filhos?
Por que se desfazem matrimônios respeitáveis, sob o pretexto de que
terá secado a fonte da afeição de um cônjuge para com o outro?
Por que se esfria o devotamento entre pessoas que se estimaram
durante longo tempo de convivência?
Por que determinadas mães contrariamente aos princípios da natureza,
enjeitam os próprios filhos?
Por que o ódio entre irmãos consangüíneos que se amavam enternecidamente na infância e não mais se suportam na posição de adultos?
Por que aparecem criaturas que detestam a
família em que nasceram?
Debalde se improvisam teorias, à base do
materialismo,
para a definição de semelhantes fenômenos.
Só a
reencarnação possui lógica suficiente para explicá-los.
E unicamente as lições do
Cristo são claras na orientação da existência de cada um,
a fim de que não venhamos a perder o ensejo de aprender:

Entre os encarnados, freqüentemente só de um lado há afeição e que o mais sincero amor se vê acolhido com indiferença e, até, com repulsão. Não compreendes então que isso constitui uma punição, se bem que passageira?
Depois, quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material!
Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. Tanto assim que, em muitas uniões, que a princípio parecem destinadas a nunca ser
simpáticas, acabam os que as constituíram, depois de se haverem estudado bem e de bem se conhecerem, por votar-se, reciprocamente, duradouro e terno amor, porque assente na estima!
Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade.
Duas espécies há de afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com freqüência tomar-se uma pela outra. Quando pura e simpática, a afeição da alma é duradoura; efêmera a do corpo. Daí vem que, muitas vezes, os que julgavam amar-se com eterno amor passam a odiar-se,
desde que a ilusão se desfaça.
Constitui fonte de dissabores a falta de
simpatia entre seres destinados a viver juntos. Essa, porém, é uma das infelicidades de que sois, as mais das vezes, a causa principal. Em primeiro lugar, o erro é das vossas leis. Julgas, porventura, que Deus te constranja a permanecer junto dos que te desagradam? Depois, nessas uniões, ordinariamente buscais a satisfação do orgulho e da ambição, mais do que a ventura de uma afeição mútua.
Sofreis então as conseqüências dos vossos prejuízos.
Nesse caso, há quase sempre uma vítima inocente. E para ela é uma dura
expiação.
Mas, a responsabilidade da sua desgraça recairá sobre os que lhe tiverem sido os causadores.
Se a luz da verdade já lhe houver penetrado a alma, em sua fé no futuro haurirá consolação.
Todavia, à medida que os preconceitos se enfraquecerem,
as causas dessas desgraças íntimas também desaparecerão.
Ninguém foge à lei da
reencarnação.
Ontem, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral.
Hoje, guardamo-lo na condição do
parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.
Ontem, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do
vício.
Hoje, temo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada de nosso amor.
Ontem, colocamos
orgulho e vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. Hoje, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho problema,
o cálice amargo da redenção.
Ontem, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao
suicídio.
Hoje, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.
Ontem, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio,
situando-a nas garras da delinqüência.
Hoje, achamo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da
tolerância.
Ontem, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados,
sangrando-lhe o espírito, a punhaladas de ingratidão.
Hoje, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de
angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.À frente de toda dificuldade e de toda prova,
abençoa sempre e faz o melhor que possas.
Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...
A humildade é chave de nossa libertação.
E, sejam quais sejam os teus obstáculos na
família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.
- Chico Xavier - Emmanuel -
JGF
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...como entender a justiça de Deus sem conpreender a reencarnação...
Frank

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